Consciencialização sobre o cancro colorretal – a prevenção é o melhor tratamento
O cancro colorretal (CCR) – por vezes também designado por cancro do cólon, cancro intestinal ou cancro retal – é o terceiro tipo de cancro mais frequente a nível mundial e constitui uma das principais causas de mortalidade provocada pelo cancro. Na verdade, na Europa, é a segunda causa de morte por cancro mais comum, quer em homens, quer em mulheres [1]. Um dos aspetos mais importantes que distingue o cancro colorretal de outros cancros é a facilidade e conveniência da deteção precoce e, como tal, a possibilidade de reduzir a mortalidade a nível mundial.
A maioria dos cancros colorretais começa por um pólipo na camada de revestimento interno do cólon ou do reto. Nem todos os pólipos se transformam em cancros, mas alguns tipos de pólipos podem converter-se em cancros com o tempo [2], se detetado numa fase inicial, é normalmente possível remover o pólipo canceroso e a probabilidade de evitar um cancro em estado avançado é largamente diminuída.
A deteção precoce, a individualização da terapia contra o cancro e a utilização de diagnósticos menos invasivos estão a conduzir a melhores prognósticos, bem como à qualidade de vida dos doentes [3]. A identificação precoce do cancro é especialmente importante para o sucesso terapêutico. O rastreio, tanto sintomático como sobretudo preventivo em larga escala, é essencial. A utilização de testes FIT (testagem fecal imunológica, do inglês, faecal immunological testing) no rastreio ajuda a identificar a presença de sangue oculto nas fezes, identificando, assim, lesões pré-cancerosas antes da sua transformação maligna.
Estamos a desempenhar um papel fundamental nessas melhorias e tudo o que oferecemos é concebido exclusivamente para atender às necessidades específicas dos gestores dos laboratórios e dos médicos, especialmente no caso de estarem envolvidos na prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro colorretal. No fim de contas, partilhamos o mesmo objetivo: melhorar a vida dos doentes oncológicos.
Leia três histórias inspiradoras de sobreviventes de cancro colorretal
Estes três sobreviventes de CCR partilham palavras inspiradoras e de esperança sobre como as suas vidas foram transformadas por esta doença.
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O que podemos fazer para evitar o risco de desenvolver cancro colorretal?
Apesar do facto de o risco de cancro colorretal aumentar com a idade, nos últimos anos tem havido um aumento do número de diagnósticos em doentes mais jovens [4]. Outros fatores de risco incluem a incidência de pólipos colorretais, genética, estilos de vida pouco saudáveis e doenças inflamatórias do intestino crónicas.
Um estilo de vida pouco saudável pode também aumentar o risco, não só de cancro, mas de muitas outras doenças
Aqui estão alguns hábitos mais saudáveis que todos podemos pôr em prática para garantir que a nossa saúde colorretal esteja em ordem [5].
- Consumir uma dieta saudável
- Evitar o consumo de grandes quantidades e alimentos e bebidas com elevado teor de gorduras e açúcar. A opção mais saudável passa por optar por alimentos e bebidas com baixo teor de açúcar, mas ricos em fibras.
- Evitar consumir grandes quantidades de carnes vermelhas, como porco, vaca, borrego e cabrito.
- Evitar alimentos e bebidas com elevado teor de sal. O consumo diário de sal não deve exceder os 5-6 gramas.
- Recomenda-se a ingestão diária de cinco porções de fruta ou vegetais (sem amido), bem como o consumo, a todas as refeições, de vegetais ou de leguminosas não tratados.
- Ter um peso saudável e fazer regularmente exercício.
- Tanto quanto possível, limitar o consumo de álcool.
- Não fumar, uma vez que o tabaco é uma das principais causas de cancro.
- E talvez o mais importante, participar nos programas de deteção precoce.
- Alguns tipos de cancro podem ser detetados e tratados antes do aparecimento de quaisquer sintomas.
Prevenção do cancro colorretal com testes de rastreio FIT
A deteção precoce do cancro colorretal é fundamental
O cancro colorretal (CCR) está a aumentar a nível mundial. Contudo, sabe-se que o potencial de recuperação total aumenta quando cancro é detetado precocemente. É por isto que o rastreio precoce é extremamente importante.
Um dos métodos mais fiáveis para detetar o cancro colorretal nos seus estádios iniciais é o teste fecal imunológico (do inglês, faecal immunological test, FIT).
O sangramento intestinal (identificável através da técnica FIT, mesmo na presença das mais pequenas quantidades de sangue fecal) pode ser um sinal potencial de cancro colorretal. Caso os resultados sejam positivos, podem realizar-se ações diagnósticas adicionais numa fase inicial.
Vários estudos demonstraram que a taxa de deteção com a técnica FIT é muito comparável à da colonoscopia. O nosso teste, juntamente com o programa de rastreio associado, estão já a ser utilizados na Europa em vários programas nacionais e regionais de prevenção do cancro colorretal.
Com o kit de teste FIT (SENTiFIT pierceTube), a obtenção de amostras de fezes pode ser realizada confortavelmente em casa, de forma fácil e sem stress. A amostra é depois analisada num laboratório e o doente é informado sobre o resultado do seu teste pouco tempo depois. A realização de rastreios através do teste FIT é simples e rápida, sem grandes implicações, exceto o grande alívio sentido depois pelos seus doentes.
Oferecemos kits do teste imunológico fecal (do inglês, faecal immunochemical test, FIT) para duas audiências principais: programas de rastreio de larga escala (testagem para inclusão) e testagem de doentes sintomáticos (testagem de exclusão) em contexto hospitalar ou de rotina clínica.
Diagnóstico oncológico através de OSNA
O estadiamento oncológico é o passo que determina o tipo extensão do tratamento. Uma parte essencial deste processo de estadiamento passa pela avaliação do estado ganglionar.
Revelando o quadro completo
O estado dos gânglios linfáticos é o fator prognóstico e o parâmetro de estadiamento mais importantes na gestão do CCR. O método histopatológico atual consiste na análise de menos de 2% do tecido ganglionar total. Como consequência, podem subsistir metástases não detetadas, conduzindo a resultados falsos negativos com um risco maior de subestadiamento, conduzindo a resultados falsos negativos e a um maior risco de recorrência da doença.
A técnica OSNA (do inglês, one step nucleic acid amplification) permite uma análise ganglionar rápida, sensível e padronizada, possibilitando um estadiamento ganglionar exato e evitando resultados falsos negativos. Ao analisar o gânglio linfático inteiro, o método OSNA fornece uma base fiável para as decisões sobre a terapia adjuvante, evitando subestadiamentos e, consequentemente, o subtratamento dos doentes.
A técnica OSNA melhora a qualidade de vida dos doentes, fornecendo um diagnóstico exato e rápido, reduzindo o risco de subtratamento e diminuindo o stress geral dos doentes.
Para mais informações sobre a nossa solução OSNA visite a nossa página de internet.
Soluções de tratamento para o CCR: revelar precisamente o que necessita de ser considerado
O diagnóstico de precisão é essencial para selecionar o tratamento correto na altura correta para o doente oncológico correto.
As alterações genéticas desempenham um papel fundamental durante o início e o desenvolvimento do cancro colorretal.6 Assim, é essencial realizar uma avaliação fiável do estado mutacional do tumor, não só para determinar que doentes são elegíveis para a terapia dirigida, mas ainda para, posteriormente, monitorizar a sua resposta ao tratamento e a progressão da doença.
Atualmente, estão disponíveis uma série de medicações dirigidas às alterações genéticas específicas do tumor, as quais podem ser prescritas em vez de, ou em combinação com quimioterapias e radioterapias padrão. Para investigar estas alterações genéticas, os oncologistas podem utilizar vários testes moleculares de diagnóstico que podem apoiar a tomada de decisões de tratamento personalizado.
A Sysmex oferece uma gama de produtos baseados em tecnologias de ponta em biologia molecular, as quais apoiam os profissionais de saúde e os doentes ao longo do seu percurso nos cuidados de saúde.
Testagem molecular para seleção da terapia
Com as sondas CytoCell FISH (Fluorescent In Situ Hybridization) para os genes MET e EGFR, os oncologistas irão receber informação específica sobre o prognóstico do cancro colorretal e se apresentam indicação para realização de tratamento com um inibidor EGFR.7
Outros genes críticos e atualmente relevantes no cancro colorretal, incluindo KRAS, NRAS, APC, TP53, ERBB2, PTEN e BRAF, podem ser investigados através de testes de sequenciação de próxima geração (do inglês, Next Generation Sequencing) através da solução Sysmex, neste caso o painel SureSeq myPanelTM* NGS Custom Colorectal Cancer Panel.
Para mais informações visite a página de internet SureSeq myPanel™ NGS Custom Colorectal Cancer Panel
Biópsia líquida para monitorização
A análise de mutações genéticas a partir de biópsias de tecido tem sido o método padrão em oncologia clínica, apesar dos inconvenientes desta abordagem e dos riscos de complicações clínicas para os doentes.8 Para além disso, as biópsias estão sujeitas a vieses de seleção devido à heterogeneidade dos tumores, sendo ainda difícil obter quantidades suficiente. Adicionalmente, a informação facultada restringe-se a um momento estático.9,10 Aqui, a análise de mutações por biópsia líquida em ADN tumoral livre circulante (ADNct) tornou-se uma ferramenta valiosa numa série de aplicações clínicas e de investigação. A deteção de mutações clinicamente relevantes a partir de uma simples amostra de sangue permite aos médicos selecionar a terapia mais benéfica e monitorizar a resposta dos doentes ao tratamento em tempo real.
* SureSeqTM myPanelTM: Apenas para investigação. Não se destina a procedimentos de diagnóstico.
Fabricante e marcas registadas: CytoCell® FISH Probes (Cytocell Limited), SureSeqTM myPanelTM (Oxford Gene Technology IP Limited)
Referências
- World Health Organization. https://www.euro.who.int/en/health-topics/noncommunicable-diseases/cancer/news/news/2012/2/early-detection-of-common-cancers/colorectal-cancer
- American Cancer Society. https://www.cancer.org/cancer/colon-rectal-cancer/about/what-is-colorectal-cancer.html
- Lee J.J. et al. (2016): Options for Second-Line Treatment in Metastatic Colorectal Cancer. Clinical Advances in Hematology & Oncology, 14(1):46-54.
- Yale Medicine. (2022): https://www.yalemedicine.org/news/colorectal-cancer-in-young-people
- International Agency for Research on Cancer. https://www.iarc.who.int/
- Ogunwobi, O.O.; Mahmood, F.; Akingboye, A. Biomarkers in Colorectal Cancer: Current Research and Future Prospects Int. J. Mol. Sci. 2020, 21, 5311
- Hegymegi-Barakonyi B, Tyrosine kinase inhibitors - small molecular weight compounds inhibiting EGFR Curr Opin Mol Ther 2009;11(3):308-21
- Overman MJ, Modak J, Kopetz S, et al: Use of research biopsies in clinical trials: Are risks and benefits adequately discussed? J Clin Oncol 31:17-22, 2013
- Vogelstein B, Papadopoulos N, Velculescu VE, et al: Cancer genome landscapes. Science 339:1546-1558, 2013
- Gerlinger M, Rowan AJ, Horswell S, et al: Intratumor heterogeneity and branched evolution revealed by multiregion sequencing. N Engl J Med 366:883-892, 2012