A Sysmex une-se à luta contra a Resistência Antimicrobiana (RAM)
A RAM não tem limites. Pode afetar qualquer pessoa, de qualquer idade e de qualquer país.
A frase “Sobrevivência do mais apto” também se aplica à microbiologia. As bactérias, os vírus e os parasitas estão constantemente a evoluir e a melhorar as suas estratégias para que nos convertamos nos seus hóspedes. Podem ser mais astutos do que os nossos avanços na medicina e se não desencadearmos ações, estes microrganismos serão cada vez mais resistentes a qualquer tratamento, ou inclusivamente, chegarão a ser intratáveis.
A resistência a antimicrobianos (RAM) é uma preocupação cada vez maior na comunidade de saúde. A AMR é a capacidade de um microrganismo como as bactérias, os vírus e os parasitas evitarem que um antimicrobiano (por exemplo, os antibióticos) atue contra ele. Devido ao facto de esta situação já ser uma realidade, cada vez mais pacientes requerem soluções mais agressivas, que podem ter efeitos secundários nocivos para o próprio organismo. As Nações Unidas declararam que a RAM representa uma crise global de saúde e se não atuarmos agora, as mortes anuais relacionadas com a RAM poderão superar as mortes anuais por cancro.1
A Organização Mundial de Saúde criou um plano de ação para abordar a RAM.2 O plano incluí cinco objetivos estratégicos, vários dos quais podemos apoiar diretamente com a nossa experiência na Sysmex.
Resistência antimicrobiana nas infeções do trato urinário
83 %
É possível que 83 % dos doentes não façam qualquer análise à urina antes de lhes ser prescrito um antibiótico. Como tal, o regime antibiótico inicia-se antes de existir evidência conclusiva de que os antibióticos são necessários.
25-30 %
A infeção do trato urinário é a infeção bacteriana mais frequente entre as mulheres, sendo as infeções recorrentes um problema para 25-30 % das mulheres que sofrem uma infeção inicial.2
4,95 mil
Em 2019, estima-se que 4,95 milhões de mortes foram associadas a infeções resistentes aos medicamentos, encontrando-se as infeções do trato urinário entre as quatro principais síndromes infeciosas3.
O próximo grande passo para dificultar a RAM
O método de teste de suscetibilidade aos antibióticos
O teste de suscetibilidade aos antibióticos (TSA) é realizado para identificar qual o regime antimicrobiano especificamente eficaz para infeções individuais4. Os testes fenotípicos de suscetibilidade aos antibióticos baseiam-se normalmente na deteção do crescimento bacteriano diferencial com e sem antibióticos em culturas líquidas ou em placas de ágar sólido5. Em regra, qualquer método TSA utilizado é fiável para detetar a resistência e determinar a concentração de antibiótico que previne o crescimento bacteriano; no entanto, como pode demorar um a dois dias a obterem-se resultados fiáveis, estes métodos não são ideais para orientar o tratamento nas fases iniciais e críticas da infeção6.
Novas metodologias de tsa fenotípicos
Os métodos tradicionais de TSA centram-se na abordagem genotípica, no entanto, para produzir resultados que oferecem o máximo valor acrescentado para o médico assistente, os esforços têm-se orientado para o desenvolvimento de novas metodologias de TSA fenotípicos. O TSA baseado em nanofluidos classifica-se como um método fenotípico porque o resultado depende do perfil de resistência real e permite-nos gerar resultados em tempo real com base no crescimento das células bacterianas7.
Tecnologia tsa baseada em nanofluidos no local de prestação dos cuidados
A tecnologia TSA baseada em nanofluidos será a base para dispositivos de diagnóstico inovadores do tipo “laboratório num chip” que podem ser utilizados diretamente no local de prestação dos cuidados. Para as infeções do quotidiano, a possibilidade de um dispositivo de teste próximo do doente proporciona uma ferramenta única para selecionar antibióticos adaptados a cada episódio infecioso. Disponibilizar esta informação ao especialista responsável pelo tratamento e tão perto do doente é fundamental na luta contra a RAM.
