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A importância da sensibilização para o cancro da bexiga

O cancro da bexiga desenvolve-se nas células que revestem o interior da bexiga, sendo um dos tumores mais frequentes e representando 3,3% de todos os tumores (1).

Maio é considerado o mês da sensibilização para o cancro da bexiga, tendo como objetivo informar a população sobre as características e sintomas desta doença, de modo a melhorar o seu diagnóstico.

Incidência e sintomas

Sessenta e cinco por cento dos casos são detetados em países desenvolvidos do sul da Europa e América do Norte, estando associados à elevada proporção de fumadores – um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento deste tipo de tumor (1).

Muitas vezes, os sintomas só surgem em fases avançadas da doença, pelo que é essencial consultar um especialista caso se verifiquem alguns dos seguintes sinais: sangue na urina, dor ao urinar, perda de peso ou infeções urinárias recorrentes sem resposta aos antibióticos (2).

Porque é que se desenvolve o cancro da bexiga?

O tumor da bexiga forma-se quando as células da bexiga se multiplicam de forma descontrolada. A partir deste momento, o tumor maligno pode evoluir por três vias (3):

  • Crescimento local – ocorre quando o tumor cresce e invade a camada muscular da bexiga. Dependendo do tamanho e das camadas afetadas, classifica-se em vários estádios.
  • Disseminação linfática – acontece quando o tumor afeta os gânglios linfáticos mais próximos da bexiga.
  • Disseminação hematogénica – dá-se quando o tumor se espalha através dos vasos sanguíneos e invade outros órgãos.

Setenta por cento dos tumores da bexiga são diagnosticados em fases iniciais, quando ainda estão localizados na mucosa. Vinte e cinco por cento afetam a camada muscular da bexiga e apenas 5% desenvolvem metástases à distância (2).

É importante salientar que quase 40% dos tumores localizados tratados com cirurgia podem desenvolver metástases nos cinco anos seguintes. Assim, o acompanhamento dos doentes após o tratamento é fundamental para detetar eventuais recidivas ou progressão para uma fase avançada (2).

Acompanhamento do doente

O método de referência para o diagnóstico e acompanhamento dos doentes é a citologia urinária para deteção de células malignas, assim como a cistoscopia – embora esta seja um exame invasivo e desconfortável (2).

Dado o impacto destes exames, torna-se essencial encontrar um biomarcador rápido, fiável e não invasivo, que permita uma melhor deteção e acompanhamento dos doentes com este tipo de tumor.

As células uroteliais malignas/atípicas podem ser observadas na urina sem coloração, numa análise do sedimento urinário. No entanto, este procedimento não está padronizado, a observação ao microscópio consome muito tempo e o processo não é totalmente objetivo, pois depende da interpretação do observador.

O analisador UF-5000 da Sysmex permite o estudo do sedimento urinário recorrendo à tecnologia de citometria de fluxo com fluorescência e pode detetar eritrócitos na urina, o que representa uma anomalia, e a sua presença na urina é um dos sintomas do cancro da bexiga.

Além disso, este analisador dispõe de um parâmetro de investigação para a determinação de células atípicas. Em vários estudos (4, 5) sobre a utilidade deste parâmetro, foi demonstrado o seu potencial como método de triagem para determinar quais os pacientes que devem ser submetidos a um teste invasivo (citologia ou cistoscopia) para a determinação da patologia. Para tal, propõe-se estudar um ponto de corte que ajude a determinar a maior probabilidade da presença de cancro da bexiga e, portanto, a maior necessidade de um teste de confirmação.

Desta forma, poderá ser possível melhorar o diagnóstico precoce, otimizar o acompanhamento dos doentes submetidos a cirurgia e avaliar a eficácia do tratamento após a remoção do tumor.

A Sysmex continuará a avaliar o potencial deste parâmetro, com o objetivo de melhorar as decisões clínicas e a qualidade de vida dos doentes.

Fontes

[1] Bray et al. (2018): Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. Ca Cancer J Clin. 2018; 68:394–424.

[2] Oner S et al. (2017): Bladder cancer Nat Rev Dis Primers 3, 17022

[3] Datos de la Asociación Española Contra el Cáncer (12/05/2021): Cáncer de vejiga.

[4] Aydin, Ozgur, Yapici, Onur and Copuroglu, Ruksan (2020): “Atypical cells in Sysmex Un automated urine particle analyzer: a case report and pitfalls for future studies” Turkish Journal of Biochemistry, vol. 45, no. 5, pp. 617-619

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